Prédio Entrada

Zandrel havia recebido uma mensagem no inferno. Alguém queria encontrá-lo na Academia Kuoh neste dia. Inquieto para saber do que se tratava, decidiu ir de encontro a pessoa. Parado, em frente a entrada, ficava a espera.
— Este é o local demarcado na mensagem. O que um humano pretende comigo para enviar-me um pedido? Já está no horário determinado, 18:45. Espero que não seja uma armadilha.— Pensava ele consigo mesmo.

Imediatamente após ouvi-lo, Zandrel utilizando de toda a sua velocidade, elevava seu braço colocando a mão nua no pescoço de Haschen, afundando a ponta de seus dedos neste.
— Jamais cite raças em Kuoh ou qualquer outra localidade do Mundo Humano. Há pessoas que não acreditam em nossa existência, outras poderiam se rebelar e criar uma guerra contra nós. Percebe a gravidade de dizer isto em público assim que observa um estranho? No mínimo o taxariam de louco. Em outra situação, no entanto, já estaria morto... Agora diga-me, o que queres tratar comigo? Não lhe conheço, tampouco tenho assunto a tratar com vocês à muito.

O rapaz percebia a presença de outro demônio que logo se manifestou. Um Gremory recém-renascido, indo tirar satisfações com o mesmo. Simultaneamente Haschen explicava o que pretendia no local. O ato de ambos os 2 despertavam a vontade de Zandrel soltar uma gargalhada, coisa que de fato o mesmo fez.
— Eu não acredito que um homem tão audacioso marca um encontro, num território protegido por uma família, com outro rapaz cujo não faz parte de tal fraternidade. Colocar-me em possível risco apenas para dizer que quer se unir a mim? É um belo jeito de se ganhar confiança, de certo.— Exclamava ele em meio a gargalhada.
Tornando a ficar sério, Zandrel desvia sua atenção para Iosef. Soltando o pescoço de Haschen, o mesmo passava a caminhar, em seguida, em direção ao recém-encarnado e, encarando-o, dizia-lhe:
— Se eu tivesse uma pretensão verdadeiramente hostil este jovem não estaria vivo à muito. Eu sou veloz o suficiente para tê-lo finalizado de imediato. Ele disse que havia assuntos a tratar comigo e escolheu este local propositalmente. Seria um mandado de vocês para iniciar uma possível guerra contra nós por justa causa? Talvez eu devesse matar ambos aqui mesmo e aceitar este convite.

Ele colocava a mão em seu bolso direito, e, em uma fração de segundo, tragava um cigarro já aceso. Zandrel virou-se para o humano, dando as costas a Iosef.
— O garoto está sendo sincero. É possível saber disto através da pulsação. Ainda sim, vejo que está com certa determinação em me encarar aqui e agora pelo que aconteceu anteriormente. Garoto, irá guardar rancor de uma situação que você mesmo pôs-se a sofrer? Se estivesse em minha situação, não iria imaginar que tratava-se de uma armadilha? Coincidências tão grotescas são mais raras que milagres.
Caminhando até Haschen lentamente, ele pôs-se a tragar seu cigarro novamente. Ao fechar seus olhos por um mísero instante, surgiu na frente de Haschen utilizando de toda a sua velocidade, afinal, para alguém que poderia percorrer 40 metros por segundo, cerca de 2 ou 3 metros de distância era algo banal. Colocando a mão sobre o ombro do rapaz, exclamava:
— Os Gremory recentemente se uniram e venceram um oponente neste mesmo local pouco tempo atrás. Todo o clã que se situa em Kuoh deve estar aqui presente neste exato instante. Você, rapaz, escolheu o momento mais inoportuno para me chamar aqui e causar toda essa situação. Por conta desta audácia, além de me envolver em perigo no primeiro momento, irei aceitá-lo em minha peerage.
Após dizer tais palavras, caminhava para longe da entrada do prédio com ambas as mãos em seu bolso. Vendo que vários demônios do clã Gremory estavam se reunindo para averiguar a situação, exclamava em voz alta:
— O assunto já está resolvido, garotos. Além do mais, não recomendo que desafiem um membro dos 72 pilares em uma situação como esta. Além de trazer complicações para os Gremory, creio que vocês não conseguiriam dar conta das grandes consequências que cairiam sobre suas cabeças. Estou partindo e este garoto virá comigo.

Zandrel pegava uma de suas Evil Pieces de seu bolso, um de seus Rook. Observando Haschen, já havia ideia de qual era o estilo de combate do mesmo, embora não houvessem peleado e não iniciariam algo de tal dimensão ali.
— Assim que eu colocar esta peça em seu coração você será um reencarnado. Está ciente de que sua vida irá mudar daqui em diante, correto? Não será mais um humano, sim um Bael, e terá obrigações para comigo e o Clã. Jamais entre em território de outros clãs desacompanhado, pois é a chance perfeita de eliminarem alguém e alegarem hostilidade. Você irá desmaiar assim que eu iniciar a transformação e iremos nos decidir para um local longe de riscos onde poderá ser treinado. Está de acordo?
Ele direcionou sua peça até o peito de Haschen e, após ouvir a resposta do mesmo, imediatamente colocou a peça em seu peito, renascendo-o como um demônio. Como Haschen ficaria debilitado após a transformação, Zandrel carregaria-o até o círculo mágico feito por um membro de seu clã bem próximo da escola, teleportando-os para o Inferno.