Pedido - Limpeza do prédio principal - Iosef Ulianov

Sasha escreveu:

Pedido: As faxineiras estão de greve, então o Diretor solicitou um pedido a você para limpar o prédio principal da escolaa
Dificuldade: Fácil
Local: Kuoh Academy
Linhas: 17
Recompensa: 700,00 ¥

Era uma quente noite de verão, o ar condicionado do porão funcionava no máximo e quase não dava conta do lugar, Iosef soldava componentes em uma placa-mãe para melhorá-la, o cheiro de pasta de solda impregnava o ar e suas roupas, Elena dormia calmamente no sofá depois de uma maratona de comédia romântica. O único som no ambiente era o ar condicionado, que fazia um leve barulho de geladeira antiga. Mas toda aquela paz da madrugada foi quebrada por algumas batidas fortes na porta do porão, impaciente pegou um rifle e foi atender a porta, dizendo impacientemente:

–Mas o que diabos você quer, seja lá quem for, a essa hora? Minha esposa está dormindo, seja mais silencioso!

Iosef saiu pela porta com o rifle apontado, mas, para sua surpresa, não havia ninguém ali. A única coisa ali fora era uma carta, num envelope da escola, endereçada a ele.

–Correio a essa hora? Deve ser importante.

Foi até a cozinha, pegou uma faca e abriu o envelope. Era um pedido do diretor, que queria que alguém limpasse o prédio principal, já que as faxineiras estavam de greve. Pôs a carta sobre a mesa e fincou a faca ao lado da carta. Sentou um pouco e começou a pensar:

–Os alunos daqui não limpam os prédios da escola? Que eu me lembre o costume por aqui é os alunos fazerem a limpeza. E espera...Greve? Onde eu estou, Europa? Nunca ouvi falar de coisas como faxineiras de escola e greve por aqui. Não que isso importe, claro. Pedido é pedido.

Iosef pôs o uniforme o exército, pegou uma máscara de gás, duas vassouras, um aspirador e saiu pela porta "pronto para a guerra". A porta da frente do prédio estava destrancada. Abriu as asas, pôs seus fones, abriu sua playlist de música eletrônica, foi até o último andar e começou a varrer o mais rápido que podia mantendo o capricho. As salas do último andar foram terminadas em poucos minutos, passava voando tão rápido pelos corredores que parte da poeira se desprendia do chão, facilitando ainda mais o trabalho. Não havia nada muito sujo pra ali, apenas um pouco de poeira e algumas bolinhas de papel no canto de uma sala. Depois de terminar o terceiro andar, varreu a sujeira até a escada e a empurrou até o andar de baixo. As salas dos primeiros anos eram um tanto quanto bagunçadas, e levaram um pouco de tempo para ficarem prontas, alguns livros estavam jogados e perdidos pela sala, Iosef teve que achar a lista de alunos e colocar os livros perdidos nas mesas de cada aluno, não eram poucos, mas era o único verdadeiro problema dali, não havia muito o que limpar. Depois de terminar o segundo andar restava apenas o hall de entrada, que já estava limpo, e o primeiro andar, com a enfermaria. Lá havia algumas manchas de sangue, de um aluno que havia caído durante as atividades do clube de atletismo. Misturou detergente em água quente, um segredo do exército para tirar manchas de sangue, e esfregou levemente as manchas, que saíram facilmente. O resto da enfermaria estava limpo. Iosef se preparava para deixar o prédio, quando parou para pensar:

–Por que eu estou com a sensação de que esqueci algo? Meu Deus, os banheiros! – um choque lhe acertou a cabeça – Ai! Não dá pra usar nem uma expressão?

Iosef apertou as botas, pegou um par de luvas e foi até o segundo andar. Decidiu entrar primeiro no masculino, achando que seria o pior, mas não tinha muita coisa, a pior coisa ali era um pouco de vômito de um aluno que tinha pasado mal no dia aterior, a máscara de gás bloqueava o cheiro, e, como estava de luvas, limpar foi fácil e sem problemas. O resto do banheira não estava tão sujo quanto  esperava, apenas alguns papéis jogados no chão e um ou outro vaso sanitário sujo. Restava apenas o banheiro feminino e tudo estaria terminado. bateu na porta do banheiro e disse:

–Espero que não tenha ninguém, estou entran... – A voz de Iosef parou – Mas que tipo de brincadeira sem graça é essa?

Alguém tinha desenhado um petagrama com sangue no chão, como se estivesse em um filme de terror e tentasse evocar alguma coisa. O pentagrama em si não assustou Iosef, mas sim o gato morto dentro do banheiro e uma carta ,escrita com uma letra tão ruim que chegava a ser indecifrável, fincada na parede com uma faca, provavelmente usada para matar o gato. Iosef tirou a faca da parede, guardou a carta, pegou o cadáver do gato, pôs no meio do pentagrama, jogou um pouco de álcool e ateou fogo no cadáver, recitando um poema de luto em latim. Depois de terminar o poema, tirou uma foto do pentagrama e do gato queimado, esperou o fogo apagar e então limpou toda aquela cena de filme de terror dos anos 80. O fogo havia tirado o cheiro de gato morto do banheiro e a mistura de água quente e detergente tirou rapidamente o sangue do chão. Depois de terminar a limpeza, Iosef tirou o lixo e fechou o banheiro. Dali era só levar tudo para fora e estava tudo terminado.

–Espero que nenhum outro doente tenha matado um gato por aí porque dessa vez eu não vou limpar.

Levou todo o lixo para fora em questão de segundos, a limpeza finalmente tinha acabado. Iosef voltou ao porão, fechou a porta tentando não fazer barulho para não acordar Elena, que ainda estava dormindo no sofá, na mesma posição que estava quando Iosef saiu. O vampiro se aproximou lentamente, com cuidado pegou Elena nos braços, levou até a cama e deitou-se com ela.