[Pedidos] - Mikio Tomoe

por **Mikio Tomoe** Ter Jun 16, 2015 9:14 pm

Pedido: Uma senhora, nos seus últimos dias de morte, pediu ao senhor que cuidasse de seus cães, mesmo após sua morte. Seu trabalho é deixar os doze cães em lugares onde sobreviverão e serão cuidados.
Local: Kuoh City
Quantidade de Linhas: 10
Recompensa: 900,00 Yens.

Tinha-se passado uma semana desde que Mikio tinha chegado ao mundo dos humanos, a Terra. Ainda desconhecia várias coisas sobre esta dimensão já que a diferença entre os Céus e ela era absurda. Mas por alguma razão sentia-se mais livre, mais vivo. Não tinha qualquer dever ou obrigação, poderia fazer aquilo que sempre gostou, brincar. A única desvantagem era o facto de não se poder locomover como estava acostumado, usando as suas asas. Alguns dos seus companheiros da Khaos, incluindo o grupo de demónios que o salvara dos anjos caídos, tinham-lhe conseguido algumas roupas e um pequeno apartamento na orla da cidade. Ensinaram-no como comporta-se entre os humanos e fazer-se passar por um, o que não era muito difícil pois eram seres de ordem inferior à sua. Em troca tudo o que o garoto tinha de fazer seriam os pedidos que eram solicitados à organização. Eram cerca de nove horas da manhã quando um dos vários cartões que se encontravam em cima da mesa começaram a brilhar, chamando a atenção do pequeno anjo, que se aproximou rapidamente. Era o chamado de uma idosa a quem distribuira um panfleto na noite anterior, significando que o dever o chamava. Vestiu o colete e saiu rapidamente de casa, subiu na bicicleta que se encontrava na sua garagem e começou a pedalar velozmente em direção à casa da senhora. Alguns minutos foram suficientes para chegar lá e bater à porta.

- "Está aberta..." - murmurou alguém com uma voz doce, que parecia vir de dentro da pequena casa de madeira.
- "Hai." - respondeu Mikio calmamente com a sua voz infantil, empurrando a porta e entrando na casa.

A habitação tinha um cheiro peculiar, um aroma que o garoto nunca tinha cheirado antes. Era doce mas abafador, significando que a casa não era arejada à vários dias. Ao fundo do longo corredor era vísivel uma luz saindo de uma porta entre-aberta, acompanhada do som de uma televisão. Mikio andou em frente até chegar perto da porta e abriu-a, revelando a velha senhora deitada num sofá castanho rodeada de cães. Aproximou-se mais um pouco e fez uma vénea, enquanto um pequeno cachorro se aproximava e lhe lambia a perna.

- "Bom dia, sou Mikio Tomoe, o Anjo que você convocou." - disse sem qualquer ânimo, baixando-se para acariciar a cabeça do cachorro de pelagem branca.
- "Ah... afinal Anjos sempre existem, hehe." - respondeu a idosa, tossindo um pouco - "Meu doce menino eu preciso de um favor teu. Como vês não me resta muito tempo e estes cães são tudo o que tenho. Quando eu partir eles não terão ninguém e eu não lhes quero esse futuro. Preciso que encontres alguma instituição ou, se possível, alguma família que adote cada um deles." - finalizou, erguendo o corpo na tentativa de se sentar.

Mikio aproximou-se para ajudar a senhora a levantar-se, mas ela afastou-o. Um dos cães, o maior de todos, então saltou para o sofá e deitou-se no colo dela, labendo-lhe a cara enquanto esta lhe acariciava o dorso. Mikio esboçou um sorriso e sentou-se ao seu lado.

- "Claro, não se preocupe, eles estarão em boas mãos." - respondeu, olhando para a senhora e pegando nas trelas que esta lhe dava.
- "Agora vai e deixa-me partir, já está na minha hora."
- "Que os Anjos a guiem até ao Paraíso e que encontre a paz tão desejada." - rezou Mikio, fazendo uma cruz no ar perto da testa da senhora, que fechou os olhos e esboçou um sorriso no rosto.

O pequeno anjo levantou-se e prendeu as trelas em todas as coleiras dos cães, levando-os então para fora da casa. A julgar pelas palavras da senhora ela realmente gostava dos cães. Levá-los a uma instituição não lhe traria paz, e paz era a única coisa que lhe restava. O dia ainda era longo então decidiu levar os animais até à sua casa. Lá pegou num pedaço de cartão branco e escreveu a frase "Procura um cachorro para adotar? Escolha e leve-o!" nele. Com o cartaz debaixo de um braço e as trelas nas duas mãos, partiu para a praça da cidade, onde se sentou perto da fonte. Várias famílias passaram, umas com filhos outras não, e à medida que o tempo passava mais cães iam sendo adotados. Eram cerca de sete horas da tarde quando o último animal foi levado e com ele o pedido estava finalizado.

por **Vlad Senri** Ter Jun 16, 2015 9:20 pm

Aprovado + 40,00 Yens

por **Mikio Tomoe** Ter Jun 16, 2015 10:29 pm

Pedido: Pescaria, auxilie um senhor em comprar algumas linhas e iscas de pescas, mas o trate bem ele é bem reclamão
Local: Kuoh City
Quantidade de Linhas: 10
Recompensa: 900,00 Yens.

O dia tinha passado e a noite tomava o seu lugar, acompanhada por uma brisa refrescante e amena que se fazia sentir por toda a cidade. Mikio encontrava-se na praça de Kuoh City, onde tinha acabado de entregar o último cão do pedido anterior. Preparava-se para ir para casa quando, mais uma vez, um dos cartões que estavam no interior do seu bolso começou a brilhar. Retirou-o rapidamente e viu que tinha que fazer mais um pedido, desta vez a um pescador resmungão que estava perto do rio. Subiu então para a sua bicicleta e dirigiu-se para o local. Após alguns minutos pedalando encontrou o homem mas por alguma razão os travões do veículo não funcionaram e o garoto caiu na água, molhando o pescador.

- "Ahhh! Eu não te chamei para me molhares e sim para me ajudares com a pesca!" - gritou o homem agressivamente, enquanto retirava a bandana da sua cabeça e a torcia para retirar o excesso de água.
- "Su-sumimasen!" - disse o garoto envergonhado, saindo da água com a bicicleta e fazendo uma vénea logo de seguida.
- "Estas crianças de hoje em dia não têm mesmo emenda..." - resmungou, coçando a parte de trás da sua cabeça - "O meu nome é Uryo, e o teu?" - perguntou.
- "Mikio Tomoe senhor, sou o Anjo a quem você pediu auxilio..." - respondeu, torcendo as suas roupas.
- "Sim, sim, vamos logo. Preciso que me ajudes a transportar as iscas e linhas de pesca que vou comprar. A loja fica a cinco minutos daqui, se formos a pé"
- "Sim..." - respondeu, com um ar sério.

Começaram então a andar em direção à loja. Ao chegar o menino pegou num dos cestos de palha amontoados à entrada e seguiu o homem, que ia colocando os itens lá dentro. Meia hora se passou e já se encontravam na caixa a pagar as compras. Seguiram então para a casa do pescador, cada um na sua bicicleta. Mikio pousou o cesto e abençoou o senhor, que lhe retribuiu com um sorriso, acabando assim o pedido.

por **Vlad Senri** Ter Jun 16, 2015 10:32 pm

Aprovado + 10,00 Yens

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